ESPETÁCULO
SEXTA
01
AGO

Cisne Negro Cia. de Dança

Festival de Inverno de Amparo!
Entrada Gratuita!

Palco Vida - Amparo/SP
SEXTA, 20:00




O BOI NO TELHADO (1994)



Música: Darius Milhaud

Coreografia: Tíndaro Silvano

Cenografia/Figurinos: Raul Belém Machado



Confecção Figurinos: Camarim Artigos para DançaUm turbilhão de ritmos que permite diferentes leituras de uma obra que demonstra a natural musicalidade do povo brasileiro.



A peculiaridade dessa composição musical é ter sido escrita pelo músico francês Darius Milhaud, que morou no Brasil na década de 1910. Raros compositores souberam tão bem retratar a grandiosidade da nossa música.



Este curioso título, tanto da música, quanto do balé, é inspirado em uma marchinha carnavalesca muito popular naquela época.



A versão original de “O Boi no Telhado” foi estreada em Paris em 1920, alcançando retumbante sucesso.



DARIUS MILHAUD (MÚSICA)

Darius Milhaud nasceu em 1892, em Aix-en-Provence. Seus pais pertenciam a uma rica família que cultivava a música com paixão. Aos sete anos o menino Darius começou a aprender a tocar violino, fazendo brilhantes progressos. Na adolescência continuou a estudar no Conservatório de Paris, mas convenceu-se que sua real vocação era a de compositor. Teve brilhantes professores nesta matéria, como Paul Dukas e Charles-Marie-Widor,

Em 1910, ele já convivia com um grupo de modernistas e ao início da 1ª Guerra Mundial, Milhaud foi isento do serviço militar, por questões de saúde. Mesmo assim jurou à bandeira e foi trabalhar na Casa da Imprensa, como fotógrafo do Exército, subordinado ao Ministério das Relações Exteriores. Fez amizade com vários diplomatas, quando veio conhecer Paul Claudel. Que foi nomeado embaixador da França no Brasil e convidou Milhaud para acompanhá-lo nas funções de Secretário. Eles chegaram ao Rio de Janeiro, no dia 1º de fevereiro de 1917 e lá permaneceriam por um período de dois anos.

Darius Milhaud foi muito influenciado pelos ritmos brasileiros. A verdade é que uma década antes da Semana de Arte Moderna, o modernismo musical já era uma realidade no Rio de Janeiro.

O círculo formado pelos músicos Oswaldo Guerra, Nininha e Godofredo Leão Velloso, reunia em seus salões a elite musical carioca. Darius Milhaud era freqüentador assíduo destes serões musicais, quando conviveu com Heitor Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno, Oswaldo Guerra e Luciano Gallet.

Durante sua permanência no Rio de Janeiro, Milhaud compôs Dans les rues de Rio, op. 44a, uma mini-suite de duas canções, baseadas nos poemas de Paul Claudel, Le Remouleur (O afiador de facas) e Le marchand de sorbets (O vendedor de sorvetes).



Ao retornar para a França, ele iria escrever, em 1919, Le Boeuf sur le Toit. Nesta obra Milhaud utilizou os ritmos de musicas populares como sambas e maxixes, incluindo também o tango e o fado português. Milhaud pretendia que Charlie Chaplin utilizasse esta música como tema de um de seus filmes.



TÍNDARO SILVANO (COREÓGRAFO)

Bailarino, professor e coreógrafo formado pelo Palácio das Artes, em Belo Horizonte-MG. Recebeu aperfeiçoamento técnico com os mestres da dança Hugo Dellavalle e Bettina Bellomo. Dançou com as companhias do Palácio das Artes (MG), do Ballet Guaíra (PR), do Ballet Gulbenkian (Lisboa) e do Ballet do Theatro Municipal (RJ). Como coreógrafo vem trabalhando, desde 1986, dentro outros, com o Grupo Cisne Negro (SP), Ballet do Teatro Castro Alves (BA), Ballet Nordhausen (Alemanha), Brabant Danzconservatorium (Holanda), Teatro Argentino de La Plata (Argentina) e na Ópera Nacional da Finlândia. Na Cia. de Dança de Minas Gerais, criou 15 espetáculos entre 1988 e 1996, muitos deles premiados. Em 2004 e 2005, foi artista convidado da Cité Internationale des Arts, em Paris. É hoje Maitre de Ballet e coreógrafo do Ballet Jovem do Palácio das Artes e atua simultaneamente em diversas companhias de dança pelo mundo.

CALUNGA (2011)

Balé afro-brasileiro, em 10 movimentos

Coreografia: Rui Moreira 
Música - Francisco Mignone - Maracatu do Chico Rei e temas incidentais do projeto Pesquisas Folclóricas do Brasil 
Figurinos e adereços: Gustavo Silvestre 
Luz: Rui Moreira e Raquel Balekian

Argumento: Mário de Andrade
Tempo do Espetáculo: 27´ 



“Calunga” é o resultado de um mergulho histórico e estético nas tradições “folclóricas populares” do Brasil e tem como fonte inspiradora a composição musical de Francisco Mignone (1897-1986) intitulada Maracatu de Chico-Rei (1933). Esta obra musical foi criada em torno de uma tradicional apresentação de maracatu de baque solto, apenas transportando o lugar da ação de Recife até Ouro Preto, então Vila Rica.

No argumento criado por Mário de Andrade, Chico-Rei era um escravo – líder de sua tribo do outro lado do Atlântico – que conseguiu comprar sua liberdade e a de quase todos os seus súditos que vieram com ele trabalhar em Minas Gerais. E assim a corte de Chico-Rei desfila em Vila Rica, com a dança das mucambas (amas), dos príncipes, dos macotas (mestres de terreiros), do rei e da rainha, até chegarem à praça principal da cidade, onde os senhores recebem o pagamento em ouro e soltam os escravos restantes.

O Maracatu é um ritmo musical contagiante e no contexto de manifestações dramáticas populares é um cortejo composto por vários personagens, entre eles as bonecas ou Calungas. Feitas de madeira ou cera, estas bonecas representam a nobreza, a ancestralidade e o sincretismo presentes nesta festa de rua. Reza a tradição que sem as Calungas o cortejo do Maracatu não cumpre com sua missão de saudar o reinado Congo para manter vivos os legados das gerações de nações afro-brasileiras



FRANCISCO MIGNONE (MÚSICO) – (SP 1897 -  RJ 1986)

Foi um mestre da música sinfônica, tendo produzido ao longo de seus 88 anos, diversas obras, entre as quais algumas das melhores produção da orquestração brasileira. Teve sua formação básica no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde conheceu Mário de Andrade. Em 1920, aprimorou seus estudos em Milão, regressando como um compositor maduro e reconhecido. Entre suas obras mais importantes estão a Congada (1928), Maracatu do Chico Rei (1933) e Festa das Igrejas (1939). Teve suas peças executadas por regentes como Richard Strauss, Arturo Toscanini e Eugene Ormandy.





RUI MOREIRA (COREÓGRAFO)

Considerado pela crítica especializada como um dos mais representativos bailarinos brasileiros, Rui iniciou sua trajetória em São Paulo, tendo passado pela Cisne Negro Cia de Dança. Ao longo dos 13 anos em que dançou no renomado Grupo Corpo, Rui Moreira tornou-se um bailarino símbolo não só da companhia mineira, como também do Brasil.

Com sua técnica e expressividade, passou a ser reconhecido até mesmo no exterior como o intérprete brasileiro por excelência, capaz de ser solista com identidade mesmo no mais homogêneo dos elencos. Em junho de 1999, no entanto, Rui inaugurou nova fase. Desligou-se do Grupo Corpo para dedicar-se à carreira de criador, à frente da Cia. SeráQuê?, que desde 1993 mantinha como atividade experimental paralela. Desenvolve um repertório próprio de sua autoria, além de coreografar também para outros grupos de dança. A carreira independente de Rui já soma várias realizações. Na transição de criatura a criador ele demonstra especial sensibilidade com a cultura brasileira, cuja diversidade vem transformando em principal fonte de inspiração.



 



Espetáculo: Cisne Negro Cia. de Dança



Local: Festival de Inverno de Amparo - Palco Vida



Data: Sexta, 01 de Julho de 2014



Horário: 20:00



Entrada Gratuita



Realização: Prefeitura Municipal de Amparo



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