ESPETÁCULO

SEXTA 08.AGO
à
DOMINGO 17.AGO

Oleanna

com Marcos Breda e Luciana Favero

Teatro Liceu - Campinas/SP
SEXTA, 21:00




Uma peça sobre poder                   



A peça em sua estréia no Rio de Janeiro fez parte da ideia do diretor de apresentar ao público duas versões sobre o mesmo tema, mudando o ator que representa o Professor, por uma atriz que defendeu as mesmas questões. Para quem conhece a obra fica nítido o propósito de dar um horizonte diferente sobre as questões apresentadas. Uma oportunidade e experimentar, numa mesma temporada, uma terceira perspectiva sobre a obra de David Mamet.



“Finalmente uma peça sobre a quem deve ser dado o poder de decidir o significado das coisas.”                         



                                                                       Sheridan Morley, revista The Spectator, julho de 1993.



Atualmente David Mamet trabalha na pre produção BLACKBIRD, onde assina roteiro e direção e que tem estreia para 2015.

No elenco estão Cate Blanchett, Catherine Keener, James Badge Dale e Elizabeth Peña.



O que há por trás das palavras?



        David Mamet é um dos maiores mestres americanos da linguagem, não só por possuir seu próprio estilo distinto, mas também pela sua sensibilidade apurada em perceber como a linguagem é usada para manipular e dominar. Mas o que exatamente Mamet quer com o modo como usamos a linguagem e por quê? E como isso afeta a nossa vida? A peça é apresentada em três encontros de uma aluna que cobra do seu professor um melhor empenho dele na arte de ensinar, pois ela está prestes a ser reprovada e não consegue aprender nada do que o seu mestre lhe ensina.

No primeiro encontro entre eles o Professor lhe diz: “Acho que você está com raiva.” Já no terceiro e derradeiro encontro, é ela quem diz: “Entendo a sua raiva.” Há outros momentos em que eles se assemelham ou tornam-se mais próximos um do outro no desenrolar da trama. E momentos em que diferem ou trocam de posição. Muitos liberais ficaram consternados com os perigos que as regulamentações acerca do assédio representavam ao discurso livre e à liberdade civil, mas foram os conservadores que mais se ocuparam em explorar e levar a público os crimes de comportamento “politicamente incorretos” reais e imaginários (muitos eram inventados) a fim de deslegitimar as mudanças sociais “liberais” da década de 60. Ironicamente, muitos dos ativistas de direita que defendiam o discurso livre frente ao politicamente correto haviam apoiado a inclusão de esquerdistas na lista negra nos anos 50 e/ou usariam, após os ataques de 11 de setembro, o “patrioticamente correto” para intimidar os que criticavam as invasões ao Afeganistão e Iraque em 2001. Mas em 1990 o politicamente correto já estava em evidência na mídia, tanto que foi capa da revista americana Newsweek com o título “Ofensas na universidade: Nova educação ou novo Macartismo?”.



        A batalha do politicamente correto visava o poder – cultural, político, econômico, social, sexual, pessoal – e como sempre aconteceu nas chamadas guerras da cultura, a linguagem era tanto a principal arma como também o território a ser conquistado.

       

Então?... Assim como em qualquer parte do mundo... Devemos dizer: “preservação de um ambiente de aprendizado” ou “censura”?; “Ação afirmativa” ou “discriminação reversa”?; ou “Índio brasileiro” ou “nativo brasileiro”?



Não é de se surpreender o fato de que David Mamet originalmente deu à sua Oleanna o subtítulo de “Uma peça sobre poder”.



“Mamet dá um soco na boca do estomago... e no intelecto.

Um malicioso e oportuno dialogo sobre assédio sexual e o politicamente correto.

Pinter, Albee, Miller. Todos  observam por sobre o ombro de Mamet.”

New York Time



A incomunicabilidade humana



O verdadeiro drama de Oleanna reside na forma como os personagens, tendo a possibilidade de se aproximar e de se compreender mutuamente, decidem que as suas diferenças são irreconciliáveis, acabando por se mostrar incapazes de se comunicarem.

A verdade é que todo tem o direito de se expressar, mas qual o limite? Ate onde podemos ir?

Para Paso “A peça fala de estupro, mas não um estupro sexual, fala de um estupro de natureza intelectual, ou mais especificamente, de natureza emocional. Situação que todos viveremos ou já vivemos independente de raça, nível social ou educacional. Trata do poder, da relação subordinado, do descontrole emocional, trata não exatamente da derrota da razão, mas da derrota da razão cega, da razão onipotente, da razão arrogante”.

A peça nos da uma visão clara do quanto precisamos estar abertos e dispostos a realmente ajudar o outro. Que a experiência e inteligência de cada um deve ser usada a favor do outro e não de si mesmo.

Diante de uma série de atos desordenados e palavras sem clareza e equivocadas, a aluna questiona se não existem regras. Para sua surpresa dela seu mestre lhe afirma que ele pode violar todas elas. A trama desenrola-se com embates fortes, com proporções nunca imaginadas, fazendo-nos refletir sobre nossas diferenças, valores culturais, comportamento e principalmente sobre o que seria “politicamente correto”.

David Mamet é um dos autores norte americanos mais importantes atualmente. Muito pouco encenado no Brasil, aqui ele é quase um desconhecido, um lapso cultural que começa a ser desfeito com o ciclo de leituras dramatizadas de 04 de suas maiores obras, que será realizado no Teatro Glaucio Gill e da montagem paulista de Sucesso a Qualquer Preço, também traduzida por Marcos Daud.



“Nosso mais notável mestre da linguagem da epilepsia moral.”

Newsweek



 



Ficha Técnica:



Texto: David Mamet

Tradução: Marcos Daud

Direção: Gustavo Paso

Cenário: Gustavo Paso e Teca Fichinski

Figurinos: Jo Resende

Iluminação: Paulo Cesar Medeiros

Trilha Composta: Andre Poyart

Assistente de Direção: Monica Vilela

Assessoria de Imprensa: Alessandra Costa





Sobre o autor



David Mamet é considerado um dos mais famosos dramaturgos americanos contemporâneo. Famoso por possuir estilo próprio, é também conhecido por seus diálogos ágeis e por sua sensibilidade com a linguagem usada para manipular e dominar o público. Indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado por “The Verdict” (O veredito”, em 1981, três anos depois ganhou o prêmio Pulitzer com a peça “Glengarry Glen Ross”, adaptada logo após para o cinema. Mamet teve duas indicações ao Prêmio Tony, por "O Sucesso a Qualquer Preço" (1984) e "Speed-the-Plow" (1988). Além de diversos textos teatrais e vasta filmografia, David Mamet escreveu nove livro, entre eles: Writing in Restaurants - 1987 (Ensaios); The Village - 1994 (Romance) e The Old Religion - 1997 (Romance).



 



Sobre o diretor

Gustavo Paso



Diretor, cenógrafo e dramaturgo, Gustavo Paso dedica-se a direção de espetáculos desde o começo dos anos 90 como encenador-dramaturgo. Hoje dirige o Teatro Glaucio Gill junto com a atriz e produtora Luciana Favero. Além de criador de projetos especiais, tanto de teatro como de eventos, cobre todas as áreas de produção, tais como Leis de Incentivo a Cultura e Esporte nas três esferas, municipal, estadual e federal. Desenvolveu projetos em outros setores da economia do entretenimento, tais como grandes eventos como NATAL DA COCA-COLA e NATAL DE LUZ da ELETROBRAS. Em 2004/05 conceituou o natal da Coca-Cola vencendo licitações das maiores empresas de eventos do Rio de Janeiro, tendo sido elogiado pelo vice-presidente da Internacional Coca-Cola: “Parabéns, você tirou a Coca-Cola da mesmice”.



Paso ministrou pelo Brasil oficinas de interpretação teatral nos principais festivais de nosso país: Curitiba, Fitei, Fenart, Porto Alegre Em cena, entre outros. Assim como palestras sobre captação de investimentos junto às empresas e agentes culturais de outros estados. Na área social é diretor de Projetos da ONG Ligados Ao Futuro, onde desenvolveu mais de sete projetos de Inserção Social através da Arte. Fundou duas cooperativas para jovens adolescentes das comunidades Tabajara e Santa. Marta. Dirigiu peças importantes como: “ARIANO”; “A Moringa Quebrada”; “Em nome do Jogo”; “BODOCONGÓ” e “GARAGEM”, entre outras.



Sobre Marcos Breda



Ator, professor universitário e produtor teatral, iniciou sua carreira em 1981. Breda soma em seu currículo 32 peças teatrais, 30 filmes e 36 novelas. E ainda dezenas de participações em programas de várias emissoras como Casos e Acasos, Faça a sua História, Dicas de um Sedutor, Sob Nova Direção, Você Decide, Retrato Falado, Casseta & Planeta, Os Trapalhões, Linha Direta etc.

Coleciona ainda prêmios no cinema, teatro e televisão, entre eles: Melhor Profissional de Cinema Gaúcho, Prêmio Prawer/APTC no 28o Festival de Cinema de Gramado/2000 pelos filmes Sargento Garcia e Dois Filmes numa Noite; Indicação para Melhor Ator no Prêmio Ministério da Cultura – Troféu Mambembe/1997/SP pelo monólogo O Homem e a Mancha; Melhor Ator / Comédia no Prêmio Qualidade Brasil/2003/RJ pela peça Arlequim, Servidor de Dois Patrões; Melhor Ator / Comédia no Prêmio Qualidade Brasil/2003/SP pela peça Arlequim, Servidor de Dois Patrões e Melhor ator coadjuvante no Prêmio Leão Lobo/2007/SP pela novela Paixões Proibidas.



 



Sobre Luciana Fávero



Atriz nascida na cidade de São Paulo, Luciana Favero chegou ao Rio de Janeiro em 1998 com o espetáculo “Péricles”, direção de Ulysses Cruz. Residente há 20 anos na cidade, fundou a PASO D`ARTE assim como a CiaTeatro EPIGENIA além de se envolver diretamente com projetos sociais tais como Ação Cidadania e Fabrica de SPETACULO de Gringo Cardia e Marisa Orth, na seqüência natural de seu envolvimento e total interesse fundou a Ong Ligados Ao Futuro. Atualmente se divide entre o trabalho de atriz, produtora e a direção artística do Teatro Glaucio Gill. Dentre espetáculos que realizou como atriz: “ Oração” de Fernando Arrabal “Cemitério dos automóveis” de Fernando Arrabal, “Dom Casmurro” de Machado de Assis, Valsa nº 06 de Nelson Rodrigues, ,"ARIANO", texto em homenagem ao escritor e dramaturgo Ariano Suassuna escrito por Astier Basílio e Gustavo Paso; "O TUNEL" obra de Dias Gomes, "A MORINGA QUEBRADA"; "GARAGEM", com texto e direção de Gustavo Paso dentre outros.



 



Espetáculo: “Oleana”, com Marcos Breda e Luciana Favero



Local: Teatro Liceu - Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330, bairro Guanabara – Campinas



Datas: de 08 a 17 de agosto de 2014



Horários: Sexta e sábado às 21:00 e domingo, às 19:00.



Preço: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia)



Ingressos: (19) 2660-0018 ou direto na bilheteria do teatro - (19) 3744-6823 (sem taxa). A bilheteria funciona de terça a domingo, das 13:00 às 19:00. Nos dias de espetáculo, das 13:00 até o início da apresentação.



Informações: (19) 3744-6823



Estacionamento no local com seguro: R$ 10,00



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